A religião hoje vem do grupo para o indivíduo, isto é, trabalha para perpetuar costumes e crenças.
Com frequência isso acontece desde a infância, tornando-se aquela religião forma favorita de enxergar o que é certo e o que é errado, o que trás paz e o que trás caos.
Retirar as lentes que segregam o que é errado e o que é certo é difícil, entretanto vem à tona as dúvidas, a curiosidade, e com ela a lógica e a razão.
Se há um ser divino criador, a curiosidade aliada a lógica é seu mais valioso presente. Feitos importantes científicos foram realizados através dela, sendo também um instrumento que utilizamos todos os dias, seja para não sermos enganados, calcularmos uma compra mais vantajosa, ou simplesmente quando aprendemos algo novo.
Nasce daí uma contradição. A criatividade humana é um presente, a lógica também é. Não faz sentido um ser divino nos dar todos esses dons para que nos limitássemos. Para que no surgimento da dúvida nos calássemos sem questionar. O que faz sentido para você realmente? O que você realmente acredita? Pois é neste lugar que mora a verdadeira religiosidade. Ela parte do indivíduo e de sua experiência para fora, e este ser é livre para expressar suas crenças e procurar entender a espiritualidade a sua maneira.
Se há um ser divino criador, ele pode ou não se importar conosco. Todas essas duas possibilidades levam a uma conclusão importante: Devemos nos importar com nós mesmos.
Se ele não se importa e é apenas observador, contar com nossa própria expertise é uma questão de sobrevivência. Estamos em um universo vasto na qual seu propósito pouco conhecemos, mas temos a nós mesmos para desbravá-lo. As conexões humanas e o cuidado pŕoprio são maneiras de aproveitar esse desconhecido e não se frustrar com o que não podemos responder. Trabalhar para a manutenção de nossa vida e humanidade contribui para que outras pessoas desbravem a liberdade de sua criatividade e ambições.
Se ele se importa, então o mesmo citado anteriormente é válido.
Muitas religiões citam o ser humano como um ser simples em comparação ao criador, menor, e que deve se maravilhar e às vezes se humilhar pelo fato de nada ser tão perfeito quanto o seu criador.
Isso é tolice. Nenhum criador que se preze menosprezaria sua criação, e mesmo que sim, retornamos ao primeiro parágrafo dessa sessão, nós temos o poder de nos importamos e depender de um ser externo para isso é subestimar o quão longe a humanidade ainda pode ir.
Um paralelo que é oportuno é a relação pais e filhos. Os pais querem naturalmente que seus filhos tornem-se independente deles, querem que seus sonhos se realizem, pois assim eles terão certeza que estarão seguros nestes mundo. Um criador que se prende a sua criação para sempre, cobra adoração, e acredita que seus filhos nunca estarão prontos para se virarem sozinhos não é um bom criador.
Entende? A humanidade possui muitas habilidades para se limitar a acreditar que nosso objetivo é adorar um ser divino. Não. Somos exploradores. Os escolhidos para fazer sentido desse universo, e quem sabe um dia, além dele.
Ao desprendermos da visão religiosa que nos limita, podemos olhar para a religião como a manifestação da unicidade do nosso espírito. O que te motiva? O que te tranquiliza? O que faz você fechar os olhos em uma sensação de paz? A religião é também importante, mas ela não deve ser limitadora, por isso, quando cada indivíduo traça seu próprio caminho religioso e define sua pŕopria fé, estamos deixando nos guiar pela nossa criatividade e intuição. Livres enfim para viver e ver o mundo da nossa maneira.
Entretanto, essa sensação não é uniforme, tal como as conclusões. Cada pessoa pode experimentar sua religiosidade de maneira diferente. Tolerar essas outras maneiras é celebrar sua criatividade. Tal como o criador que deseja que sua criação seja algo por si mesma, estamos permitindo que a criação exale das suas mais bonitas qualidades.
Portanto, o ponto chave que temos aqui é a "Contradição Admitida". Para que todos desfrutem do Metamorfismo o indivíduo não deve escolher práticas religiosas que afetem a liberdade do outro de também expressar sua própria religião. É chamada "Contradição Admitida" pois o Metamorfismo é sobre liberdade, mas limita quanto esta invadir ou impedir a liberdade do outro.
E entramos no porquê é chamado Metamorfismo Religioso: Pois o indivíduo escolhe o que deseja seguir. Desde que não quebre o princípio da contradição admitida, tudo é válido. Budismo e Cristianimo, Hinduísmo e Islamismo, Paganismo e Cristianismo, ou: Fundar sua própria espiritualidade baseada em seus próprios princípios.
Espero que o texto acima tenha despertado ambições e curiosidades. Espero ver um mundo exalando as mais diversas espiritualidades, das mais variadas formas, práticas, celebrando cada ser único a sua própria maneira.
O tríadismo é uma vertente do Metamorfismo e se baseia no fortalecimento das três características humanas: O corpo, Sóma; a mente, Nous; e o espírito, Pneuma.
O corpo deve ser fortalecido pois é o instrumento e mantenedor da mente. O seu adoecimento pode provocar também o adoecimento da mente.
Todo ser humano que escolhe fortalecer seu corpo, seja por meio de esportes, academia, caminhada, luta, dança, deve ser celebrado. É a escolha de uma vida saudável, o primeiro passo para se
tornar um tríadista é o constante trabalho no fortalecimento do corpo.
A mente é o que comanda o corpo, comanda nossas decisões e nosso futuro. Uma mente pálida e turva não consegue ver claramente o futuro e pior, perde a capacidade de apreciar o presente.
A mente deve ser treinada em dois sentidos: o In e o Ex.
O In, é a absorção, quando a mente trabalha para obter conhecimento, pode ser na faculdade, no trabalho, curso, e etc.
O Ex, é a liberação, quando a mente expira, pode trabalhar em seu lazer e seus projetos para que enfim possa respirar de novo.
Uma mente que só inspira infla e não pode buscar novos ares, já uma mente que só expira perderá seu ar eventualmente.
A Mente também deve se conectar com outras, a conexão humana, seja por amizade, ou amor, é um remédio para toda a tríade.
Por fim, o espiríto deve ser fortalecido pelo meio desejado. Seja desafiando seus próprios limites, meditando, adotando uma ou mais religiões.
Entretanto, o que não é fortalecimento do espiríto? Atos de covardia e consumação do medo de tentar. Um tríadista deve confiar em seu espírito quando sua mente o duvidar.
A religião serve como um canalizador dessa confiança, e também como um manto confortável para o espiríto agitado.
Fortalecer o corpo é uma maneira de celebrar a capacidade que foi dada a você para fazer uso dele.
Um circlete de sóma é um objeto que um tríadista utiliza como forma de memória/recompensa pela sua celebração ao corpo, isto é, seu compromentimento a fortalecê-lo.
A cada atividade realizada, ou seja, a cada ciclo para fortalecer o corpo superado, uma nova conta é adicionada ao circlete. Essa superação não precisa ser a ultrapassagem de um limite, muito pelo contrário, essa superação se refere à constância. A conta funciona como lembraça/recompensa da celebração do corpo.
A quantidade de ciclos, por dia, por semana, mês fica a critério do tríadista, mas é importante ter bom senso. Cada conta deve ser adicionada ao final de cada ciclo.
Por exemplo, você pode adicionar uma conta a cada dia que participar de uma aula de dança, mas também pode definir o ciclo como semanal, então cada conta será adicionada no final de cada semana de aulas de dança.
Fica também a critério do tríadista escolher seu circlete, cordão com contas, tatuagens, uma linha com nós, e etc.